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Custa-me ouvir e ler declarações sem fim que são mais do mesmo. Indignações. Anúncios de planos de acção e de emergência e de ordenamento. Também desesperos, muitos, mas esses entendem-se. Não consigo imaginar a dor dos que perderam tudo, ou o trauma do pânico mesmo dos que escaparam ao pior. No meio disso tudo, continuam a chover as mesmas declarações que temos ouvido desde Junho deste ano, e em 2016, e em 2015, etc. Uma seca!! Palavras que parcialmente se entendem, mas que não são nada mais que chover no molhado da inércia e do deserto de medidas concretas.
Agora (felizmente!) começa a chover no ardido. Mas o mais certo é tudo ir pelo cano. Estou a referir-me ao cano da indiferença e do esquecimento das medidas de prevenção dos fogos. Sim, que no caso da chuva, é natural que suceda o oposto. Basta pensar nas sarjetas que chegam ao Outono habitualmente entupidas. No caso da chuva, o mais certo é que não vá pelo cano e que daqui a uns tempos estejamos todos indignados a falar das inundações.
Update em 18 de Outubro: já começaram as inundações. Eu sei que não é possível antecipar o desempenho de cada sarjeta, mas tudo isto é tão previsível.