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pudores

por Alexandre Borges, em 14.11.17

No sábado, a revista do Expresso lembrava as cheias de 1967. A peça de Joana Pereira Bastos, com fotos inéditas de Eduardo Gageiro, recorda a tragédia em que terão morrido mais de 500 pessoas e os esforços da ditadura para que nunca se conhecesse o verdadeiro número de vítimas: “Urnas e coisas semelhantes”, escrevia em mau português a Direcção da Censura, “não adianta nada e é chocante”. Para ter bem presente hoje quando, 50 anos depois, num país livre e democrático, lhe vierem com canalhices do género de querer proibir imagens de incêndios nos telejornais ou acusarem quem quer saber o real número de vítimas de uma tragédia de oportunismo político.

E o melhor é que boa parte destes imbecis, irreparavelmente convictos da superioridade moral das suas opções políticas, nem percebe que está a fazer exactamente o mesmo que os censores de Salazar.

Capa E 2017-11.11.jpg


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De José Domingos a 14.11.2017 às 12:50

Intelectualmente desonestos, limitam-se a fazer fretes e recados.
Uns zeninguém
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De Anónimo a 14.11.2017 às 18:45

zesninguém
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De Jorge Marques de Tocqueville a 14.11.2017 às 21:21

E na verdade se viram caixões, e actualizações de número de vítimas (os matutinos e os vespertinos e as edições) e até fotos do gajo Gageiro que agora aceita o dito do impublicado mentiroso. Na altura era censura e agora é pudor?!
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De Anónimo a 15.11.2017 às 10:28

É isto. Não têm noção. Hoje de manhã, na Antena 1, o inominável Nicolau Santos, (que, ainda ontem, tinha dito quão absolutamente essencial para o nosso destino nacional é a retoma do TGV) vituperava o crescimento conseguido à custa de aumento da dívida. Falava, é claro, da Altice.
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De João Geirinhas Rocha a 15.11.2017 às 19:12

É de uma enorme desonestidade intelectual comparar hoje as eventuais criticas à exibição pelas TV's das labaredas dos incêndios à censura salazarista sobre as noticias sobre a catastrofe das cheias. O que se discute hoje sobre bondade ou não das imagens dos incendios é o possivel efeito de mimetismo que as mesmas provocam em certos individuos desequilibrados. Não eram esses os motivos que estavam na origem da censura de 67. Percebo a intenção mas não vale tudo na critica politica.
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De Anónimo a 18.11.2017 às 11:20

Que houve cheias. Gouve.
Que rebentou um paiol da pólvora em Linda a Velha, rebentou (ninguém fala agora neste rebentamento, ficou esquecido na gaveta) ;
Que houve mortos, infelizmente houve;
Uns dizem 700, outros dizem 500; parece que foram entre 250 e 300
Resumindo alguém anda para aqui a mentir e a querer esconder as desgraças actuais atirando poeira para os olhos das pessoas

Uma testemunha presencial e que andou 3 dias a ajudar as vítimas em Algés

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