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No sábado, a revista do Expresso lembrava as cheias de 1967. A peça de Joana Pereira Bastos, com fotos inéditas de Eduardo Gageiro, recorda a tragédia em que terão morrido mais de 500 pessoas e os esforços da ditadura para que nunca se conhecesse o verdadeiro número de vítimas: “Urnas e coisas semelhantes”, escrevia em mau português a Direcção da Censura, “não adianta nada e é chocante”. Para ter bem presente hoje quando, 50 anos depois, num país livre e democrático, lhe vierem com canalhices do género de querer proibir imagens de incêndios nos telejornais ou acusarem quem quer saber o real número de vítimas de uma tragédia de oportunismo político.
E o melhor é que boa parte destes imbecis, irreparavelmente convictos da superioridade moral das suas opções políticas, nem percebe que está a fazer exactamente o mesmo que os censores de Salazar.