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Simulacro

por Augusto Moita de Deus, em 19.05.20

Concorde-se ou não com as medidas de confinamento que foram tomadas, é inegável que um dos seus méritos que tem sido pouco salientado é o seguinte: tais medidas foram um simulacro para uma pandemia de maior letalidade. É possível parar tudo ou quase tudo? Ficou demonstrado que sim. Perdeu-se tempo precioso (visto nas dúvidas iniciais a nível de cuidados intensivos, na escassez de equipamentos de protecção, num certo adiamento das medidas de confinamento)? Sem dúvida. Foram aplicadas medidas exageradas que afectaram desnecessariamente pessoas e empresas, em que o uso de máscaras e distância teria permitido lidar com a situação? Certamente que sim e há que aprender com esta experiência, especialmente perante a quase inevitável segunda vaga. Mas tudo isto ocorre com uma doença (ainda pouco compreendida mas) não tão letal como outras infecções.

Não se pretende minimizar a letalidade deste coronavirus (maior que a gripe; e nem estou a minimizar a letalidade da própria gripe, que percebemos agora que normalmente até é menosprezada). Só estou a dizer que no universo das possíveis pandemias, há pior. E portanto é positivo estarmos preparados. 

Fomos treinados pelo simulacro-Covid-19. Mas e se a tal pandemia pior não acontecer? É fácil responder. Se nunca ocorrer esse cenário pior, melhor. 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Anónimo a 19.05.2020 às 14:44

Não sabia que o Bloger era médico.

Tá bem Sr. Dr. vejo que é como o Bolsonaro e C&a.
É só uma gripezinha...
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De Augusto Moita de Deus a 19.05.2020 às 14:56

Caro Anónimo, leu o post? A dada altura escrevo: "Não se pretende minimizar a letalidade deste coronavirus".
E acho que está a apanhar o sentido do post precisamente ao contrário. Perante pessoas com as ideias de Bolsonaro e Companhia, que depreciam as medidas de confinamento, eu digo: uma das vantagens dessas medidas é precisamente preparar-nos todos para o que possa vir mais à frente, seja daqui a 6 meses ou 6 anos.
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De Anónimo a 19.05.2020 às 17:24

Perdeu-se tempo precioso (visto nas dúvidas iniciais a nível de cuidados intensivos, na escassez de equipamentos de protecção, num certo adiamento das medidas de confinamento)? Sem dúvida. Foram aplicadas medidas exageradas que afectaram desnecessariamente pessoas e empresas, em que o uso de máscaras e distância teria permitido lidar com a situação? Certamente que sim


O que é que não percebi aqui ?
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De A. Pereira a 04.06.2020 às 22:54

Somos mortais. O simples facto de vivermos em pânico por causa de organismos que sempre nos acompanharam ao longo da história da humanidade e em condições de vida bem piores e no entanto, sobrevivemos, perante esta ameaçazita só me ocorre que as narrativas com que nos bombardeiam diariamente seriam escusadas, caso as intenções não fossem essas mesmas, aterrorizar e desviar atenções de problemas bem piores e devido a tanta incompetência e ganância de difícil solução sem a esmola de terceiros.
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De Anónimo a 19.05.2020 às 19:48

Não dou para este peditório. Nunca neste e no último século foram adoptadas medidas sanitárias de tamanha envergadura contra um virus e no entanto ainda não conheço um país se que tenha livrado dele. Continua por aí a dar e a baralhar. O que me faltava agora era ver surgir barricadas, a dos crentes ou a dos negacionitas. A dos idiotas assentou arraiais nas américas, a do norte e a do sul, por favor mantenhamo-la assim confinada.
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De Anónimo a 19.05.2020 às 19:51

E já agora metam aqui um corrector automático. Negacionistas, era assim que devia ser não fora esta mania de me considerar um ás nesta coisa a que se chama teclar.
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De Figueiredo a 29.05.2020 às 13:55

Se me permite utilizar o seu blogue para o efeito, deixo aqui esta petição pela Anulação do Artigo 13.º-B presente no Decreto-Lei n.º 20/2020:

https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT99605

Aos interessados que assinem e divulguem.

Obrigado

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