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Strange days IV

por Augusto Moita de Deus, em 30.03.20

Sem querer menosprezar o trabalho -que é absolutamente essencial e efectuado em circunstâncias particularmente difíceis- por parte dos jornalistas que têm feito a cobertura da presente crise, suspeito que o constante bombardeamento com as notícias do Covid-19 poderá estar a causar um extra de ansiedade para além do expectável numa faixa não desprezável da população. Não tenho um estudo de base estatística para suportar esta afirmação, que é portanto uma mera opinião. Só que suponho que há outras coisas a acontecer no país e no mundo e que mereceriam menção, vá lá (para efeitos de argumento) em metade ou um terço do tempo do noticiário que fosse, dando de barato que 1/2 ou 2/3 do tempo em média seria mais que suficiente para cobrir a questão do Covid-19. O tempo restante seria devotado a outras coisas que acontecem ou coisas que não acontecem e que ficaram suspensas e que é preciso que não nos esqueçamos delas. Perdoe-se a ingenuidade da sugestão.

(Note to self: postar no 31 acerca doutros temas que não o Covid).