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O bem disposto porta-bandeira valeu o ouro olímpico a Portugal.
A RTP diz-nos que "os fatos de banho que levaram Michael Phelps a ganhar oito medalhas de ouro são feitos em Portugal".
O Portugal que inova está de parabéns pelos resultados de Phelps.
Do Portugal que "nada" temos chegam-nos alguns relatos:
Diana Gomes revelou que foram uns familiares que residem fora de Portugal" que lhe arranjaram o fato LZR da speedo. Tiago Venâncio revela que o seu treinador escreveu uma carta à Speedo, na qual convenceu a marca britânica a oferecer-lhe um fato. Simão Morgado, capitão da equipa portuguesa de natação em Pequim disse que iria competir com um fato LZR "emprestado por um colega estrangeiro"
Se Portugal não alcançar nenhuma medalha de ouro poderemos sempre dizer que demos uma série delas ao Phelps.
Desde os Jogos Olímpicos de Paris de 1924, mais de três dezenas de atletas portugueses alcançaram o pódio, em diferentes modalidades.
Esses atletas deram a Portugal nove medalhas no atletismo (três de ouro), uma medalha de prata no ciclismo, três medalhas de bronze no hipismo (colectivas), uma medalha de bronze na esgrima (colectiva), uma medalha de bronze no judo, uma medalha de prata no tiro e quatro medalhas colectivas na vela (duas de prata).
Custa-me a resignação de quem considera que os Jogos Olímpicos servem apenas para bater recordes nacionais. Não creio ser razoável que jogos após jogos, contribuamos para tolher a ambição dos nossos atletas mais audazes. Não é sequer justo que sejamos menos exigentes (ou mesmo crentes) em vitórias inferiores às que outros alcançaram na última edição.
É certo que existem potências que há muito apostam na pela conquista de medalhas em determinadas modalidades, somando presenças pódio, nas diferentes categorias. Mas sempre assim foi. Até nós chegámos a ter um pouco dessa fama, no atletismo.
São os resultados que permitem que as nações e aos valorosos atletas deixem a sua marca na história do desporto.
O estado do tempo, a poluição, a hora da competição e as histerias de éguas ou cavalos nunca constam do quadro de resultados ou dos almanaques olímpicos. Também não é uma prática a inscrição de alegadas interferências da arbitragem em notas de rodapé à frente do nome dos medalhados.
A atitude dos atletas deve ser honrar o país que representam e que neles investe durante quatro anos. Nem sempre com o apoio devido, é certo - mas essa é também a circunstância de atletas de muitos países que arrecadam medalhas improváveis.
Perante o evidente esforço e atitude dos atletas, a nossa atitude só pode ser de total apoio aos mesmos na sua demanda pelos metais olímpicos.
Marco Fortes (lançamento do peso) falhou o apuramento para a final. Ficou em 38.º lugar entre 45 concorrentes. Dos três lançamentos só último foi válido, ficando porém a 2,08m do recorde nacional.
Instado a comentar a sua participação respondeu que estava concentrado, motivado, mas que o problema foi o resto: "Lançar a esta hora foi muito complicado (...). De manhã só estou bem é na caminha (...) para o último lançamento já as pernas queriam era estar esticadinhas na cama."
Marco Fortes está de parabéns por ter sido o primeiro português a qualificar-se para os Jogos Olímpicos no lançamento do peso. A inexperiência não se revelou só nos lançamentos nulos, mas também nas declarações após a eliminação.
"Todos sabemos que temos limitações, que nos cabe resolver, mas o papel do governo acabou quando a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos começou, na passada sexta-feira" (JN)
Laurentino Dias, Secretário de Estado de Juventude e Desporto
Oxallys da Meia Lua é uma égua do campo. A pobre foi surpreendida pela Hong Kong hi-tech dos dias de hoje.
O cavaleiro Miguel Ralão Duarte explicou que a égua Oxallys da Meia Lua entrou em histeria com medo do ecrã de vídeo, pelo que antes de entrar nos exercícios mais difíceis decidiu desistir. A desistência ditou a eliminação de Portugal na competição por equipas nos Jogos Olímpicos.
Numa altura em que 34 representações já arrecadaram pelo menos uma medalha, Pedro Fraga e Nuno Mendes (Remo) apuraram-se para as meias-finais.
Tenho saudades do Festival da Eurovisão.