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Em Lisboa, é já amanhã

por Sofia Bragança Buchholz, em 16.12.11

 

Dizem que os "croquetes", ainda são melhores do que os do Porto! Apareçam!

 

No Porto, é já amanhã e o Simão convida

por Sofia Bragança Buchholz, em 09.12.11

 

 

Apareçam! Há "croquetes" e, com esta crise, sempre dá para forrarem o estômagozinho antes do jantar.

 

Momento publicitário do dia

por Sofia Bragança Buchholz, em 17.11.11

O meu novo livro "Simão, o Fantástico!" sai no dia 22 de Novembro e a editora está a fazer uma pré-venda com 50% de desconto. Para o conseguirem a este preço têm apenas que se registar no site da Presença (ou, quem já está, efectuar o login).

Após a encomenda feita, paga e expedida, 50% do seu valor é devolvido para a vossa conta. A conta-cliente é uma espécie de poupança, associada a cada utilizador, que serve como modo de pagamento no site da Presença. Assim, o valor a devolver será de 6.45€, ou seja 50% do valor pago pelo livro. A devolução é feita para a conta-cliente só após a expedição do livro (isto é, a partir de 22/11). 

 

Esta pré-venda tem a validade de 24h, ou seja, termina amanhã às 12h. Aproveitem!

 

Já agora, conheçam também a página do Simão no Facebook.

 

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 12.06.11

Simão, o Sexista

 

Passamos em frente ao Tribunal da Relação do Porto. Imponente, a enorme estátua em bronze que se ergue defronte do Palácio da Justiça, chama a atenção do Simão.

Curioso, ele pergunta:
 
– O que é aquilo?
– Aquilo é a estátua da Justiça. É uma obra magnífica feita por um escultor chamado Leopoldo de Almeida – explico, enquanto nos aproximamos para a observar melhor. – Vês a balança que tem na mão? Significa que a justiça deve pesar bem as provas apresentadas de forma a tomar correctamente as suas decisões. Do outro lado, tem uma espada, vês? Esta representa a sua capacidade de exercer o poder de decisão.
Ele fica a admirá-la, por um momento, em silêncio. Depois, arrogante, exclama, recomeçando a andar:
– É a Justiça, a República, a Liberdade… Tudo mulheres! Depois como é que querem que estas coisas funcionem bem?!

 

 

© Sofia Bragança Buchholz (Simão no Facebook)

 

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 23.05.11

Simão e o Desporto

 

No clube de golfe, o Martim e o Simão têm uma aula de golfe com um instrutor.
Enquanto o primeiro executa tudo na perfeição, o segundo debate-se com o seguinte cenário:

 

− Flecte os joelhos…

− Não, menos!…

− Não, mais!…

− Estica os braços…

− Mais, mais…

− Sim…

− Não movas as ancas!

− Sim…

− Não!

− Não movas as ancas! Só o tronco!

− Não!

− Olha, assim:

 

 (swing perfeito do instrutor)

 

 (seguido de swing imperfeito, do Simão, claro!)

 

− Nãaaaao! Não movas as ancas!

− A mão esquerda agarra o taco... a direita sobre a esquerda... assim...

− Dedo mindinho direito entre o dedo médio e indicador esquerdo…

− Nãaaaao!...

− Assim! Olha!

− Estica os braços!

− Não! Assim como se fossem cortar o mindinho…

− Não!

− Sim!

− Não!

− Polegar direito sobre o esquerdo…

− Sim! Boa!

− Não! Oh, que estavas a fazer tão bem!...

− Vá lá, tenta outra vez…

− Não! Nãaaaao!

 

(longo suspiro, enfastiado, do Simão, seguido de decisão irrefutável):

 

− Olhe, vai desculpar-me, mas vou, ali, antes para a piscina dar um mergulho, ok?!

 

 (Só faltou acrescentar: não estou para o aturar!)


 

 

 

© Sofia Bragança Buchholz ( Simão no Facebook )

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 08.05.11

Simão o… o… ah!, "ganda", Simão, como eu te compreendo!

 

Ao entrar em casa da minha irmã, vejo o Simão sentado, à mesa da cozinha, a fazer os trabalhos de casa.
Pergunto:

 

 − Então, como é que vai essa vida?
E ele desanimado:
− A vida vai bem. O que dá cabo de mim são estes trabalhos de casa!


 

 

 

© Sofia Bragança Buchholz (Simão no Facebook: aqui)

 

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 25.04.11

Simão, o Economista

 

• Simão
• Eu

 

O Simão chega a minha casa para passar o dia comigo. Na mão, traz um brinquedo novo, acabadinho de comprar. Eu gabo-lho:

 

− Ena, que giro! Compraste o Zorro e o seu cavalo Tornado?
Ele, orgulhoso:
 − Sim.
Eu, lembrando-me de outro boneco da mesma colecção que tinha visto há uns tempos, que consistia num Zorro pendurado num mastro, a salvo, e metade de um tubarão, simulando uma saída da água para o atacar, pergunto:
− Viste lá um, com um tubarão?
Ele, entusiasmado:
− Vi. O tubarão tinha moooooontes de dentes!
Eu, reagindo ao seu entusiasmo:
 − E, então, não gostaste mais do outro?
E logo ele com uma expressão indignada:
− Achas?! Era MEIO tubarão! Eu lá ia dar dinheiro por MEIO tubarão!!!

 

 

 


© Sofia Bragança Buchholz (Simão no Facebook)

 

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 17.04.11

Simão, o Hipocondríaco (II)

 

• O Sr. António, empregado do restaurante (aka Simão)
• O Cliente (aka Eu)


Um destes dias, em casa da minha irmã, preparo-me para jantar. O Simão faz-me companhia.
A certa altura, resolvemos brincar “ao faz de conta”: eu sou o cliente que vai ao restaurante jantar; o Simão é o Sr. António, o empregado do estabelecimento.
Depois de ter encomendado o prato − note-se, devidamente aconselhado pelo Sr. António − preparando-se para o saborear, o Cliente resolve fazer conversa com o Empregado.


Cliente: − Então Sr. António, como vai essa vida? Tudo bem com o seu filho?
Sr. António: − Não, o meu filho está muito doente!
Cliente: − Ai, sim? Não me diga! O que lhe aconteceu? − Suspiro, conhecendo a “peça”, preparando-me para o que aí vem.
Sr. António: − Caiu. Partiu a cabeça e estes dentes todos − faz o gesto indicativo dos respectivos dentes. − Tem a cabeça toda… como é que se diz … com aquelas coisas brancas?!
Cliente: − Ligada? Ai, credo que horror, Sr. António!
Sr. António: − Tem de ser, senão o cérebro fica muito solto e todo baralhado.
Cliente: − Pois, isso de ter o cérebro solto deve ser, de facto, terrível. − E levo eu as minhas mãos à cabeça com tanto disparate.
Sr. António: − E dorme com várias almofadas: uma muito fofinha, uma de gelo, outra muito fofinha, outra de gelo …
Cliente: − Bem, mas tirando isso, está tudo bem, não está? A sua esposa? − Pergunto, tentando desviar o assunto daquela desgraceira.
Sr. António: − Está muito mal! Foi ontem ao hospital. Tem o baço muito mal.
Cliente: − O baço??? − Levanto os olhos do prato, espantada com o termo, duvidando que um miúdo de cinco anos, mesmo com pais médicos e adorando ver o Dr. House, saiba o que é o baço. Tranquilizo-me ao ver que ele indica o braço.
Sr. António: − Está todo partido!
Cliente: − Ó Sr. António, no meio de tanta desgraça valha-me, aí, o senhor, que está com muito boa cara e fresco que nem uma alface! − Exclamo, não desistindo do meu dever de o afastar daquela fixação pelas doenças. Mas ele arrumou comigo:
Sr. António: − Eu? Eu estou muito doente! E, olhe, saiba o senhor, sou o único que não pode ir ao hospital porque tenho de tomar conta do restaurante!

 

 

© Sofia Bragança Buchholz (Simão no Facebook: aqui)

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 10.04.11

Simão, o Machista

 

 • Simão

 • Eu

 

Porque os pais iam estar fora toda a tarde e ele tinha uma festa de aniversário de um colega do colégio − aonde eu o ia levar − o Simão ficou comigo naquele sábado.

Depois de ter sido, já, várias vezes, chamado para vir almoçar, resistindo sempre, entregue à magia do telejornal (leia-se: canal Panda), ele senta-se à mesa e diz:

 

– Tenho sede. Traz-me águ… − Sorri, e emenda: − Uma cerveja!

Eu olho-o de soslaio, mas alinho na brincadeira. Vou ao frigorífico e retiro uma cerveja. Pergunto-lhe:

− Esta serve?

Ele ri-se, entusiasmado, e sussurra:

− É a fazer de conta…

Pouso a cerveja. Levo-lhe a água e sento-me. Ele comunica-me, muito compenetrado:

− Hoje tenho uma reunião muito importante (onde se lê reunião, deve, ler-se festa num desses espaços que organizam divertimentos para crianças).

− Ah, sim?! − Faço-me de surpreendida. − E quem é que vai a essa reunião?

− Só rapazes − e apanha-me desprevenida com o argumento: − É que vamos falar de coisas MUITO importantes!

 

 

 

© Sofia Bragança Buchholz (Simão no Facebook: aqui)

 

Dia de "tiras"

por Sofia Bragança Buchholz, em 03.04.11
Simão, o Hipocondríaco
 

• Simão
• A mãe do Simão
• Eu

 

Na sala, eu e a minha irmã conversamos. Ao nosso lado, o Simão brinca. Eu, cautelosa, já batida nas consultas de ortopedia desde os dezanove anos de idade, advirto:

 

− O Simão anda a queixar-se da coluna. Não achas que o devias levar ao médico?
− Qual quê, é treta! − Exclama ela, conhecedora do filho que tem. − Queres ver? − E, para me tranquilizar, pergunta-lhe:
− Simão, dói-te a coluna?
− Dói − responde ele sofrido.
− E os ovários?
− Também.
 
 

© Sofia Bragança Buchholz

Publicidade Institucional (ou SPAM, se preferirem)

por Sofia Bragança Buchholz, em 25.03.11

Pronto, o outro já se demitiu; é fim-de-semana, vamos lá descontraír e conhecer a página do Simão no Facebook.

 

 

É um pássaro? É um avião? Não, é o fantástico Simão!

por Sofia Bragança Buchholz, em 20.03.11

 

Agora no Facebook, com ilustrações. `Bora, ele está à vossa espera!

 

Simão, o Senhor das Terras

por Sofia Bragança Buchholz, em 05.02.11

Personagens:

• Simão

• Eu

 

Cenário:

Para falar verdade, entrei no FarmVille por causa dos meus sobrinhos. Custava-me vê-los ali, esfalfarem-se por uma propriedade fictícia e eu, de braços cruzados, sem lhes dar uma mãozinha. Sendo eles a minha descendência – uma vez que não tenho filhos – senti-me responsável por lhes deixar uma herança: terra, tecto, meios de subsistência, mesmo que num mundo virtual. Criei uma quinta minha, para lhes poder enviar árvores, animais, presentes. Depois, vendo-me facilmente ultrapassar-lhes o nível, senti-me culpada e providenciei a posse das suas passwords para os poder ajudar ainda mais. Ou melhor, da sua password – a do Simão – porque o Martim, na sua independente adolescência, ma negou. Assim, todos os dias, alimento os seus animais, colho as suas frutas, lavro as suas terras. Todos os dias deixo a “herdade” do Simão um brinco. Mas o meu empenho foi proporcional ao seu desleixo. Arranjada a “caseira”, sua excelência dedicou-se ao ócio e apenas lá vai de vez em quando para “controlar” as actividades. Sentindo-me injustiçada, confrontei-o com o facto. Ele, com a soberba de um grande latifundiário, respondeu:

 

Acção:

 – Nunca lá vou porque não tenho tempo. Sou um homem muito ocupado.

 

Só lhe faltou estar refastelado numa poltrona, com o cachimbo ao canto da boca. Aos pés, até já tinha o labrador.

 

Martim, o craque em História

por Sofia Bragança Buchholz, em 20.10.10
Personagens:
• Martim
, 11 anos (6º Ano do Ensino Preparatório)
• Eu

Cenário:
A escola do meu sobrinho Martim é um desses colégios privados que figuram nos primeiros lugares do ranking nacional.
Fazendo jus à fama, estamos satisfeitíssimos com os conhecimentos que ele lá adquire.
A prova foi-me dada há uns tempos, quando, incumbida de o ajudar a estudar para um teste de História, lhe perguntei que matéria estava a dar, e, ele, convicto, me respondeu sem hesitar:

Acção:
– As revoluções Pombalbinas.


Viram? Lá está, revoluções destas não se ensinam no ensino público!
 

Simão, o Pragmático

por Sofia Bragança Buchholz, em 14.09.10

Personagens:

• Simão, 9 anos
• Mãe do Simão

• Eu

 

Cenário:

No clube de Golf o Simão queixa-se que os seus tacos já são muito pequenos. A mãe admite que precisa de lhe comprar um novo set. Eu comento que, para aquelas idades, deviam ser extensíveis para se irem adaptando à medida que os miúdos crescem. O Simão elucida-me, pragmático:

 

Acção:

− Não percebes… o golf não é para se jogar. O golf é para gastar dinheiro!

 

Simão e o Futuro Primeiro-Ministro

por Sofia Bragança Buchholz, em 28.07.10

Personagens:

• Simão, 9 anos

• Eu

 

Cenário:

Um destes dias estive num almoço de bloggers com Pedro Passos Coelho. Na véspera, no carro, a caminho do cinema com o Simão, ocorreu-me que poderia ser engraçado saber que questões uma criança de nove anos gostaria de colocar a um candidato a futuro primeiro-ministro e perguntei-lhe, se fosse ele a estar no encontro, o que gostaria de lhe perguntar. A resposta surpreendeu-me:

 

Acção:

"− Pergunta-lhe se quando estiver no governo vai voltar a dar esperança financeira aos portugueses."

 

 

Assim mesmo, ipsis verbis.

 

Simão, o Aprendiz de Intelectual (parte II)

por Sofia Bragança Buchholz, em 17.06.10

Personagens:
• Simão, 9 anos

• Uma data de miúdos e pais nervosos

• Eu (como narrador)

 

Cenário:

O Simão vai fazer exame para entrar para o Conservatório de Música. Na sala, uma data de miúdos esperam, nervosos. O “meu”, que raramente fica nesse estado, bufa e suspira, ansioso, e, confessa, até, que nunca dormiu tão mal na vida. Sabem que ali não é a brincar: têm consciência que não há os facilitismos da escola, que não existem boas notas porque os paizinhos vão reclamar, que não passa quem não merece. Vêem-se meninos a saírem com negativas, mães desanimadas, avaliadores impiedosos, indiferentes à fragilidade dos petizes.

As crianças esforçam-se: sentados no chão, revêem as peças que vão tocar. Em frente ao Simão, a menina russa − aquela que tocou Bach, quando ele tocou o “Balão do João”, no início do ano, lembram-se? − ensaia num teclado imaginário desenhado no soalho da sala. O Simão também. Exercita os dedos e mostra uma destreza ameaçadora, de fazer inveja a qualquer um dos presentes. Só que, para mal dos seus pecados, a jogar um jogo num Game Boy.

 

 

Post Scriptum: E, passou!

 

Amanhã vou ver o Papa com o Simão

por Sofia Bragança Buchholz, em 13.05.10

Preparem-se para posts hilariantes.

 

Simão e as Desculpas Esfarrapadas

por Sofia Bragança Buchholz, em 10.05.10

Personagens:

• Simão, 9 anos

• Eu

 

Cenário:

Estou na sala com o Simão. Do outro lado do vidro, no jardim, o cão da casa suplica por atenção, dando saltos descoordenados e lançando-nos olhares irresistíveis de ternura.

Eu reclamo:

 

Acção:

– Coitado do Pipe! Vocês não lhe ligam nada. Não devias estar aqui a ver televisão: devias estar lá fora a brincar com ele!

O Simão argumenta, com a desculpa mais esfarrapada que alguma vez lhe ouvi:

– Eu? Eu não, o meu irmão! Eu nunca quis um labrador chanfrado. Eu queria era um Bulldog francês.

 

Foto retirada daqui
 

Simão, o Perspicaz

por Sofia Bragança Buchholz, em 24.02.10

 Personagens:
• Simão, 9 anos
• Eu

Cenário:
Passamos em frente de uma joalharia. Eu paro para namorar, na montra, os meus relógios predilectos: os Cartier. O Simão, ao meu lado, espreita-os, e, sarcástico, desdenha, continuando a andar:

Acção:
– Tão chiques, tão chiques, e tão ignorantes. O quatro em numeração romana não é assim que se escreve.

 

(também aqui)



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