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Começa bem a nova ministra da Cultura que hoje dividiu os portugueses em civilizados e incivilizados, ao arrepio da lei que qualifica a tauromaquia como "parte integrante do património da cultura popular portuguesa" e do bom senso que deve nortear a acção governativa.
A esse propósito, retomo o que escrevi noutro sítio:
Estamos verdadeiramente em lados diferentes da civilização. Somos, aliás, de civilizações diferentes.
Eles são da que nunca existirá; nós de uma que é muitas vezes milenar.
Eles apostam em promover a animalização do homem enquanto propagandeiam a humanização de animais que não conhecem; nós estamos cientes da nossa humanidade e somos conhecedores da natureza, características e potencialidades desses mesmos animais.
Eles são crentes num homem puro, asséptico e desenraizado; nós nas fraquezas humanas e nas suas virtudes, nos seus ritos e tradições.
Eles andam resolvidos a impor totalitariamente a sua visão do mundo; nós em defender as nossas antigas liberdades.
Eles caluniam quem não comunga do seu radicalismo delirante; nós suportamos as ofensas até ao limite do tolerável.
Eles desprezam os que não têm os seus hábitos maniqueus e ofendem quem se dispõe a sentar-se com eles à mesa; nós privilegiamos a amizade, a valentia, o convívio e o respeito pelos mais velhos.
Eles mascaram a sua intolerância em politicamente correcto; nós estamos tão convictos da força e da justeza das coisas autênticas que nos esquecemos de lutar por elas.